quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Impura.



Não há dor que purifique ou que traga belos frutos
de um amor violentamente despedaçado.

Não.há.dor.que.purifique.

Simplesmente não há dor que justifique,
nem que dela nasçam belas músicas ou poemas.

Está tudo morto e acabado agora.
Em vida não há pétalas a me desabrochar.
Já não há razões para amar.

Não.há.dor.que.me.purifique.

O seco, o oco, o opaco, o escuro.

Nada que você precisa é amor,
os Beatles estavam errados.

Amorte.
Amo-te.
Temor.


(Imagem: 'Mulher na janela' de Salvador Dali)

Um comentário:

Unknown disse...

guria, como vc está escrevendo bem, puta merda!!! muito, muito, muito bom!!!!

Apaixonei-me. Quer casar comigo?