terça-feira, 26 de maio de 2009

Be rough!




"Romeo: -Is love a tender thing? It is too rough, too rude, too boist'rous, and it pricks like thorn.

Mercutio: -If love be rough with you, be rough with love. Prick love for pricking and you beat love down."

(SHAKESPEARE, W. in 'The Tragedy of Romeo and Juliet')

sábado, 23 de maio de 2009

Everybody hurts...

E é bem isso...

domingo, 17 de maio de 2009

Um passeio de Francisco.

É uma linda manhã nublada em Brasília, com a temperatura ideal e pouca gente na rua.
Lembro o quanto Francisco gosta de passear, ponho-me num vestido floral e vou.

Eu sempre lembro o quão me divirto com as estripulias desse cachorro.
Ávido por descobrir o mundo, ele até mesmo se enrola na coleira e se perde diante de tantas novas coisas que aguardam para serem conhecidas.
Chama a atenção dos poucos transeuntes e ganha afago de todos eles.

Com o eterno costume de carregar meu celular, trago sempre essa proposta de com ele fotografar qualquer coisa que possa se encaixar em mim como poesia.

Segue, então, algumas imagens do passeio matinal de Francisco e um pouco do meu olhar.
(Um pouco cansado, um pouco surpreso!)...

P.S.: Depois de beber muita água, ele está deitado de barriguinha no chão e quase dormindo, com uma expressão de enorme satisfação e a certeza de que hoje conheceu um pouco mais da quadra que vivemos.

P.S.do.P.S.: É mesmo uma pena que a câmera do meu celular seja tão ruim, de modo que se eu optasse por dar zoom em uma foto, ela ficaria pequena assim (mas só descobri isso depois)...















Lembrete.

domingo, 10 de maio de 2009

Vapor barato.


Ele tinha um cheiro tão vulgar.

Era um cheiro quase que comum: Um cheiro que pertencia a todos os homens com quem ela cruzava pela rua, e, ainda assim, era um cheiro somente dele.

Era o mesmo odor que sentia entrar pela porta de sua casa, quando o vizinho saía do elevador pontualmente, e todos os dias, às seis da tarde.
(E ainda assim, fazia o seu coração disparar!)

O exato mesmo cheiro daquela fileira de desodorantes (a vapor) que ela era obrigada a ver no começo de semana nas idas ao supermercado para fazer as compras.
(Vapor barato, concluiu, com uma pontada no peito.)

-Barato e vulgar como tudo que dele faz parte-, pensou, entristecida.
(Como pudera pertencê-lo? Ela era tão especial!)

Viver em paz era o que ela queria.
Mas como seria possível com todos esses cheiros vulgares que a perseguiam?


Sim!, eu estou tão cansada... Mas não pra dizer que eu estou indo embora. Talvez eu volte, um dia eu volto, quem sabe... Mas eu preciso, eu preciso esquecê-la, a minha grande, a minha pequena, a minha imensa obsessão, a minha grande obsessão... A Minha Honey Baby!
(Gal, 'Vapor Barato')

(Foto: Marina Vilela, efeitos por mim)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Trilhos Urbanos.

Essa música me lembra uma ótima atitute que eu tomei em algum verão passado.
Peguei o carro, coloquei meu cachorro dentro e viajei sozinha.
Viajei para buscar: O que passou e o que eu sabia que estava por vir.

Eu, Francisco e a estrada: O vento no rosto e o caminho errado que tomei.
Caetano cantava 'Trilhos Urbanos' e eu me sentia completamente feliz.


(Fotinho antiga, 2006!)


O melhor o tempo esconde, longe, muito longe,
Mas bem dentro aqui...

Quando o bonde dava a volta ali, no cais de Araújo Pinho,
Tamarindeirinho, nunca me esqueci onde o imperador fez xixi...

Cana doce Santo Amaro, gosto muito raro
Trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir...

Bonde da Trilhos Urbanos vão passando os anos
E eu não te perdi, meu trabalho é te traduzir...

Rua da Matriz ao Conde no trole ou no bonde,
Tudo é bom de ver, seu Popó do Maculelê...

Mas aquela curva aberta, aquela coisa certa,
Não dá prá entender o Apolo e o rio Subaé...

Pena de Pavão de Krishna, maravilha, vixe Maria,
Mãe de Deus, será que esses olhos são meus?

Cinema transcendental, Trilhos Urbanos, Gal cantando o Balancê,
Como eu sei lembrar de você...
(Caê, 'Trilhos Urbanos')

Queixa.


Você pensa que eu tenho tudo,
E vazio me deixa.

Mas, Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa...!

Qualquer coisa.

Quando eu escuto Caetano tanta coisa, mas tanta coisa mesmo, acontece aqui dentro.
(Acontece em mim. Por mim. Para mim.)

São passeios noturnos de carro sob o luar e o cheiro de mar, são noites insones cheias de lágrimas, é o eterno não-entender, é a negação, é o meu dançar, é a minha tentativa de esquecer o que já não mais quero lembrar, é a minha infância quando eu cantava embolado, meu sono da tarde na adolescência, é a certeza da música que me acompanha e por ela me compreender, é a raiva das bobagens ditas (e as não ditas também!), é a viagem solitária na busca por companhia numa distância curta, é o barulho do ventilador, é a incessante agonia necessária, são dias de calor e suor, é o escuro na garagem quando estou saindo para luz, é o berrar por saber do que se trata, é a secura nos lábios depois de uma madrugada chorosa num telefonema que ecoa, é a manhã gelada, é o amanhã inteiro, a fumaça do cigarro que já não há, a cerveja que nem embebeda, a pouca razão das coisas, o quase nada e o tudo pleno...
(Dentre outras coisas, óbvio...)

Costumo dizer que Caê é minha biunívoca relação que flutua em passos silenciosos entre amor e ódio.
(Escutá-lo se faz difícil e necessário.)

Numa noite fria e de sono curto, resolvi fazê-lo.
E deu no que deu: Mil reflexões sobre as mais variadas coisas...
(Eu precisava pontuar isso, mesmo que não tenha nenhum significado, significância ou propósito.)



Esse papo já tá qualquer coisa,
Você já tá pra lá de Marraqueche...

Mexe
Qualquer coisa dentro, doida
Já qualquer coisa doida
Dentro mexe
Não se avexe não
Baião de dois
Deixe de manha, 'xe de manha, pois
Sem essa aranha! Sem essa aranha!
Sem essa, aranha!
Nem a sanha arranha o carro
Nem o sarro aranha a Espanha
Meça: Tamanha!
Meça: Tamanha!

Esse papo seu já tá de manhã...
Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
Quero que você ganhe
Que você me apanhe.
Sou o seu bezerro
Gritando mamãe.
Esse papo meu tá qualquer
coisa...

E você tá pra lá de Teerã...

sábado, 2 de maio de 2009

Um pouco de magia...


Eu não sei como viver sem isso...
(Não sei mesmo!).