quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fairytale.


A Fada-dos-Sorrisos tá fazendo encantos na Inglaterra,
e com isso tá criando seus próprios contos-da(e)-fada que se apaixonou pelo Príncipe italiano.

Sempre revigorante receber uma ligação internacional de jardins longíquos e ouvir notícias com uma voz cheia de empolgação.
{Parece até que a gente permaneceu na nossa infância e nada mudou...}

Volte com lindas memórias para continuar a me contar!
I hope you had the time of your life...

Plim!

P.S.: Queria ter escrito algo mais inspirado para constar a alegria em ouvir sua vozinha sorridente. Mas, deixo aqui o post apenas para marcar o momento, que antes do toque do telefone se resumira apenas a um dia chuvoso...


(Imagem: Allposters.com)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Deixe-me levá-lo para...


"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca."
(Apocalipse, 3:16)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Saudades de um novo tempo...

É incrível como UM telefonema pode mudar todo o curso do dia e dos sentimentos.

Estava eu, cá largada na secura do Cerrado, quando minha amiga me ligou lá de Maceió:
-Amiga, te liguei por que acabei de ver aquele psicopata que você morre de medo.
-Aiiiii, jura? Pãtz, ele tava correndo na praia?
-Arrã! De tênis, bermuda e tudo! Passou por mim todo reto...
-Pãtãquypario, que visão do inferno!
(A estória do psicoléo eu conto depois, tá?)

Hoje eu quero dividir minha melancolia de cinzas em pleno início de carnaval...
Sim, porque além de estar em Maceió, ela estava andando na beira da praia!
Só em saber disso pus um enorme sorriso no rosto: Pude sentir o cheiro, o sal, a brisa do mar, a meia lua e o quase sol da minha cidade.
(QUE SAUDADE DAS RUAS ONDE VIVI!)

Aí começamos a trocar informações de comadres (ouquéi, chama de fofoca!), e meu coração acabou ficando do tamanho do focinho do meu pug.

COMO EU QUERIA estar nos braços das Alagoas nesse feriado, reconhecendo meus cheiros, rindo das estrelas, sentindo o calor da areia nos meus pés, indo pros róques que me salvam e trocando olhares com a minha Gabi sobre coisas que só a gente entende: os mesmos velhos garotos, antigos bares, histéricas gargalhadas, históricas bebedeiras que coramos ao rememorar e das novas lembranças que construímos todos os dias que Deus dá.

Fiquei de ligar mais tarde, quando todos estivessem juntos e tudo acontecendo, para que eu pudesse sentir mais um pouco do clima que me faz sorrir e da música que me faz viver.

Muito obrigada pela nossa vida.
Te amo sempre.
(Feliz de mim!)









































¿Quién quiere alfajor?



EU QUERO!



Alfajor é um doce tradicional da Argentina, Chile, Peru, Uruguai e outros países íbero-americanos, mas originalmente criado na Espanha.
O nome vem do árabe al hasu e significa recheado.

O doce é composto de duas ou três camadas de massa, que após assadas, devem ser levemente crocantes e macias, quase esfarelando, mas firmes, e com recheio de doce de leite, coberto com chocolate derretido ou polvilhado com açúcar de confeiteiro.
(Fonte: Wikipedia)



Gosto pelo gasto.


Como pode alguém conseguir estragar tudo o que toca?
Algo equivalente ao toque de Midas em versão contrária,
POR PURA VAIDADE.

... E cá me lamento por tanto tempo vazio.

{Pronto, era só uma pontuação que precisava fazer. Sem maiores poéticas e contextos semióticos.}


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cariño.

Uma noite bem dormida...
Soninho de paz e tranqüilidade.









terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Tudo é tão igual.


Sua rua inclinada me fazia ofegar mesmo em passos lentos.
Era-me tudo bicolor e barulhento.
-Socorro!-, pensei, no momento em que me afoguei por toda a densa fumaça do teu ser pequeno e mesquinho.

Por tão pouco, acabei infinitamente perdida.
Um buraco negro em (de?) corpos mortos.
Tudo é tão igual.

Amei com a experiência de quem nunca antes havia se machucado.
Tudo.é.tão.igual.

I'm easy like sunday morning...

Há muito tempo me questiono os motivos pelos quais a vida não pode ser simples...
Anda tudo tão complicado, está cada dia mais difícil encontrar sabor nas pequenas coisas.

Depois de uma noite insone, entro no MSN às 9 horas da manhã, e uma amiga propõe que a gente se veja nesse dia.
O imbróglio da situação é que o dia referente era domingo: O dia internacional da preguiça, da depressão e do mau humor antecipado pela manhã seguinte.

Numa rápida decisão marcada por um destino incerto, vou tomar banho e me arrumar.
Entro no carro e já sinto uma dor de puta madre num músculo talvez sem nome, situado abaixo da nuca e acima do ombro esquerdo, -oh, céus-, penso, suspiro, e prossigo.
Duas quadras depois, chego a casa do meu amigo, membro incluso da manhãdedomingoqueresolvemosaproveitar.

Muitos minutos e papos depois, chegamos ao primeiro ponto do dia: casa de Gabriela.
-Chegamos.
-Tá, tô descendo.
(...)
-Bagui e seus shortinhos.
-Hhhahaha, é a cara dela.

Vamos na Feirinha desbloquear meu celular, e eu descubro o pior: esqueci a carteira em casa.
Praguejo, reclamo, me enfezo e a Bagui me salva.
-Tá, depois a gente acerta.

Eu já estava começando a ter cinquentaecincovírgulaseis siricuticos com aquele bando de monstrinhos e seus pais naquele pequeno espaço da feira, e a mocinha brava do caixa me pede pra esperar UMA HORA pelo desbloqueio do aparelho.
-Ouquéi, neam. Já que não tem outro jeito...

Alguns ataques de nervos depois, conseguimos sair daquele lugar claustrofóbico e vamos para um capaz de acometer em agonia os agorafóbicos:
Parque da Cidade.

Sentamos, respiramos ar fresco (mesmo que seco), vimos as pessoas tão corajosas praticando sua série de exercícios -é claro que a gente se sentiu inútil como nunca-, tiramos fotos, ouvimos o causo nada fortuito de nosso amigo (que teve o namoro terminado durante uma viagem de lua-de-mel para um paraíso baiano), rimos desses desencontros da vida que dizem ser cheia de encontros, reclamamos dos piados insuportáveis dos Quero-quero (oi, Ana!) e etc.

Para se ter uma idéia da mansidão da vida nesse momento do dia: se no Rio fosse, uma caminhada no Leblon equivaleria. Em Brasília estamos, Parque da Cidade foi.

Até que, obviamente, a serenidade deu lugar ao tédio e estava na hora do jogo do Corinthians, coisa que mudaria todo o curso do dia...
Mas isso, fica para um próximo post, reservado apenas a fina ironia do São Paulo de não abrir o Morumbi para nós e ser incapaz de enchê-lo com a própria torcida.

Por hoje, deixo vocês com memórias visuais do que é uma Fácil Manhã de Domingo...
E quer saber? A vida pode mesmo ser boa e ser simples, basta mudar o foco do olhar.
Experimente!



P.S.: foi mais ou menos assim (pelo menos até o jogo): http://www.youtube.com/watch?v=hq7d6iCTqIM

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Zenão de Cítio.


Sim, lhe são olhos de censura.
Infelizmente, não há motivos recebidos para olhares de admiração.
(Talvez apenas de arrependimentos...)

É muito, muito, muito triste que eu olhe para trás e conceba que nada de bom tenha ficado.
Mágoas, dilacerações, papéis rasgados, falta de ar por sentir raiva, lágrimas (que de tão quentes, me queimam), a dificuldade no perdão e real desejo de lhe ver mal (como algo que orna uma sarjeta das mais sujas).

Cale a boca! Como você pode sentir tanta pena de si e concordar com minha raiva? Você é patético.
O cinismo humano pode ser ótimo, mas não lhe cai bem; você não sabe usá-lo, é fraco demais.
(E como eu tenho medo de gente fraca...)


Like anyone would be,
I am flattered by your fascination with me.
Like any hot blooded woman,
I have simply wanted an object to crave.
But you,
You're not allowed,
You're uninvited,
An unfortunate slide.
Must be strangely exciting
To watch the stoic squirm.
Must be somewhat hard-telling
To watch shepard meet shepard.
But you,
You're not allowed,
You're uninvited,
An unfortunate slide.
Like any unchartered territory,
I must seem greatly intriguing.
You speak of my love,
Like you have experienced love like mine before.

But this is not allowed,
You're uninvited,
An unfortunate slide...
I don't think you unworthy,
But I need a moment to deliberate.
(Morissette, A. 'Univinted')

Your house.

Sabe quando você está fazendo qualquer coisa aleatória e vem uma música à sua mente?
Quando é uma linda canção, que bom para você: soa como um pequeno lembrete de Deus que a vida tem poesia.

Hoje, aconteceu essa:


Quem já se imaginou entrando na casa do ex-namorado sem a presença de ninguém?
Mexendo nas coisas dele, tomando banho e se exugando com a toalha dele, dormindo nos cobertores e sentindo o cheiro e a aspereza dos lençóis...

Depois de vagar pela casa dele como uma pessoa pálida, tristemente encontra uma carta que não tivesse a sua letra escrita nela...
'AND NO, IT WASN'T MY WRITING!'(...)
É possível ouvir uma lágrima na voz da Alanis quando canta sobre a descoberta.

O desespero em palavras e léxicos fica por conta de 'WOULD YOU FORGIVE ME, LOVE?'.
São as dores de cada um e de nós todos...

Definitivamente, uma música importante.
Há tantos anos em mim.
Por variados motivos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Passei a andar tão distraída.

Te conheci de um jeito amargo,
Cheiro forte do seu cigarro,
E ainda assim queria te provar...
Me viciei no seu desprezo,
Me encantei com a sua encenação,
Fingindo me ignorar.

(Imagem: Louis Garrel por Nicolas Guerin.
Música: Moptop, trecho de '2046')

Às vezes é preciso ser mulher para entender.


'Me celebro y me canto a mi mismo
y lo que yo diga ahora de mi, lo digo de ti
porque lo que yo tengo lo tienes tú
y cada átomo de mi cuerpo es tuyo también...'
(Em algum muro de BsAs...)


(Imagem: Eu, por Ciça Paranaguá)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A streetcar named Desire.

Só para dizer que eu realmente amo essa cena.
Marlon Brando nervosinho, ó:



Como diz a própria descrição do vídeo,
"Ever asked yourself why a woman like Stella stays with a man like Stanley? This'll tell you why!"

Sexy, ham?

Infâmia confessada.

A tolice, o pecado, o logro, a mesquinhez
Habitam nosso espírito e o corpo viciam,
E adoráveis remorsos sempre nos saciam,
Como o mendigo exibe a sua sordidez.

Fiéis ao pecado, a contrição nos amordaça;
Impomos alto preço à infâmia confessada,
E alegres retornamos à lodosa estrada,
Na ilusão de que o pranto as nódoas nos desfaça.


(Charles Baudelaire, 'Les Fleurs du Mal')


Impura.



Não há dor que purifique ou que traga belos frutos
de um amor violentamente despedaçado.

Não.há.dor.que.purifique.

Simplesmente não há dor que justifique,
nem que dela nasçam belas músicas ou poemas.

Está tudo morto e acabado agora.
Em vida não há pétalas a me desabrochar.
Já não há razões para amar.

Não.há.dor.que.me.purifique.

O seco, o oco, o opaco, o escuro.

Nada que você precisa é amor,
os Beatles estavam errados.

Amorte.
Amo-te.
Temor.


(Imagem: 'Mulher na janela' de Salvador Dali)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Inversão.

Faz de conta que ela não estava chorando por dentro — pois agora, mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver.
(Clarice Lispector)


Sabe aqueles dias que você sente que vai cair uma bomba no seu mundo?
Na verdade, você sabe que já caiu.
Mas, como num ato de masoquismo, aguarda, ansiosa a confirmação.
Quem me dera que fosse apenas paranóia ou neurose.

Se o mundo fosse justo, o dilacerado seria você.
A dor seria somente sua.
Seu seria o desgosto e a quebra em metades perdidas que o tempo já não regenera.

A mim caberiam os sorrisos de novamente ser inteira.
Meus seriam os desejos renovados e a vontade da reconstrução.


"Tragedy blows through your life like a tornado, uprooting everything, creating chaos. You wait for the dust to settle, and then you choose. You can live in the wreckage and pretend it's still the mansion you remember, or you can crawl from the rubble and slowly rebuild. Because after disaster strikes, the important thing is that you move on. But if you're like me, you just keep chasing the storm. ..."
(in: Veronica Mars)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Despertar.


Sentia-se adormecida, seca, morta, sem cores.
Os dias simplesmente passavam por ela, sem que sequer conseguisse interagir.
As horas eram devoradas sem que jamais olhasse para o relógio, não a importava.
Não faria diferença o tempo, as horas, as luas, sóis e minutos; não para ela.

Como mudara em dois verões!
Antes, mesmo estando dilacerada pela perda, ela tinha esperanças de estar bem, forças para ver além, acreditava na reconstrução de si, achava que estaria melhor com o tempo.
Mas não hoje, não nesse verão: Agora não estava triste. Nem alegre. Talvez nem estivesse coisa alguma.

O cheiro do mar e o gosto de sol nos lábios que outrora a faziam sair da cama, eram ignorados pela janela fechada e cobertos pela cortina que mantinha o escuro e o frio artificial de sua toca.

Jamais gostara de televisão, porém, nestes dias de dormência de estar, não poderia viver sem.
Sua escrita rica e apaixonada tinha se transformado em linhas desconexas, e nem mais a vertigem da dor poderia fazê-la pensar em algo minimamente interessante.

Mas, como Deus não desiste de seus filhos, recebera um último chamado de uma amiga:
Sim, ela sairia para dançar.

Lembrara como dançar sempre a libertara, a conduzira para terras mágicas, a fizera sorrir tão puramente.
Naquelas notas de rock'n'roll, nada poderia machucá-la. Nada poderia adormecê-la.

O suor lhe escorrera à fronte e borrara toda maquiagem, tão cuidadosamente recolocada.
Os pés sujos eram provas de como abandonara as sapatilhas prateadas para bailar tal e qual nos velhos tempos.
(Outros tempos que tudo e nada prometiam).

E assim fora: uma noite completamente verdadeira.
Ganhara músicas, abraços tão sinceros, elogios ao frágil ego e tantos sorrisos vieram a lhe pertencer.

Sentia que àquele lugar era dela e vice-versa, numa relação simbiótica e mutualista: ali lhe sabiam, ali ela a tudo e a todos conhecia, como à palma de sua pequenina e frágil mão.

Depois de tudo, pegou o carro e dirigiu nas mesmas ruas que sempre dirigira.
Olhava o mar e ficava bem, sabendo que tudo é maior.
Assistia ao desfile do sol, que criava brilhos nas ondas que quebravam na areia e cegavam seus olhos desnudos dos essenciais óculos escuros.

Estava feliz. Sentia-se exausta.
Finalmente, estava satisfeita.
Por uma noite, só por hoje, ela estava completamente realizada.
Esquecera do vazio.

Ela sabia que o rock'n'roll fazia seus milagres.
E eram imediatos.

Agradeceu a Deus e dormiu -ainda com os olhos borrados do rímel preto-, temendo a correria do amanhã.




A menina, como ela, ainda dança:




O grande lance é Rock'n'Roll:

Caminito.



As ruas que ando ainda são as mesmas.
Só não temos mais você.

A estrada reta da highway ainda é a mesma e ainda faço trapalhadas na direção.
Mas não tenho mais você a me censurar pela falta de atenção.

O vento frio que entra pela janela do carro em alta velocidade,
ainda me corta o rosto e me racha os lábios.
Mas não tenho mais você pra me proteger.

Já não mais choro nos meus lençóis brancos.
E agora meu desespero (quando há algum) é silencioso.

Estou assim...
Sem estar.



Nefelibata.



Frigga é uma Deusa nórdica que, dentre outras coisas, tece nuvens.
Achei a imagem interessantíssima, e a idéia da atividade dela fez da minha mente mais onírica.


(Imagem: Wikipedia)



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Louisiana.


Essas últimas não saem do repeat...
É necessário, é urgente que se escute!

Há a facilidade de nos fazer arrepiar.
Pode ser pela beleza, ou pode ser pela verdade.

Ahh, a possibilidade da verdade: que coisa tão bonita!
A mais bonita dentre todas as outras tão belas coisas.

'Love in vain':



'Sway' é uma obra de arte!
Reparem na cara totalmente 'stoned' da Marianne Faithfull.
Esse vídeo é fantástico e imperdível!
- http://www.youtube.com/watch?v=b4iQDfpFxW8

'Blues é a dança do acasalamento', já me disse uma amiga muito querida.
Ela está certa. Blues é sexy em tom, melodia, voz, (des) compasso e letra.

E quando você pensa que o blues atingiu todo o ápice da sensualidade, bandas como os Stones e o Led Zeppelin mostram que ainda há muito mais a ser sentido.
Prova disso é 'Hide your love':
- http://www.youtube.com/watch?v=bRoeOfGsTyI

Sentiu como funciona? (:
Hhahahaha, dá-lhe!
Vamos para New Orleans?
















- Imagem roubada de: http://www.mickbradley.com/imagesneworl.html

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Indecência.

Sabe aquela história de 'tão lindo que me dói'? Ou, como diria um amigo meu (poeta distante e sempre presente em mim), 'é indecente de tão lindo'...

Pois é, senhoras e senhores: I GOT THE BLUES.



As I stand by your flame, I get burned once again. Feelin' low down, I'm blue... As I sit by the fire of your warm desire, I've got the blues for you, yeah... Every night you've been away, I've sat down and I have prayed that you're safe in the arms of a guy who will bring you alive, won't drag you down with abuse. In the silk sheet of time I will find peace of mind: love is a bed full of blues... And I've got the blues for you. And I'll bust my brains out for you. And I'll tear my hair out, I'm gonna tear my hair out just for you. If you don't believe what I'm singing at three o'clock in the morning, babe, well, I'm singing my song for you...


Fragmentos de pequenos desesperos em 'Sticky fingers':


... Please, Sister Morphine, turn my nightmares into dreams
Oh, can't you see I'm fading fast? ...

... I am just living to be lying by your side,
But I'm just about a moonlight mile on down the road./.../
Oh, I'm sleeping under strange, strange skies, just another mad, mad day on the road...
My dreams is fading down the railway line...

Help me baby, I ain't no stranger.
Can't you hear me knockin' when you're safe asleep?
Can't you hear me knockin' down the gas light street?
Can't you hear me knockin' throw me down the keys?

Dedos pegajosos.

Feeling so tired, can't understand it: just had a fortnight's sleep. I'm feeling so shot, I'm so distracted, ain't touched a thing all week. I'm feeling drunk, juiced up and sloppy:ain't touched a drink all night. I'm feeling hungry, can't see the reason: just ate a horse meat pie. Yeah, when you call my name, I salivate like a Pavlov dog. Yeah, when you lay me out, my heart is beating louder than a big bass drum, alright! Yeah, you got to mix it child! You got to fix it, must be love, it's a bitch! You got to mix it child, you got to fix it, but love it's a bitch, alright! Sometimes I'm sexy, move like a stud kicking the stall all night. Sometimes I'm so shy, got to be worked on, don't have no bark or bite, alright! (...)

Existe um tipo de música que, como diria Poetinha de Moraes sobre os amigos, você reconhece.
As pedras que rolam e não criam limo estão nessa categoria, indiscutivelmente.

A música toca e ela já está ali, dentro de você.
Pertencendo ao seu corpo, a seus quadris, seus pés, seus cabelos jogados e às gotas de suor que lhe escorrem...
Isso é Rolling Stones!

Eles tocam e você diz:
-Êpa, peraí... isso existe dentro de mim, é uma criação minha também!

Sempre me incomodei tanto com aquela pergunta infame e imbecil, - clássica, porém - onde é indagado:
-Beatles ou Rolling Stones?
ROLLING STONES, é óbvio!
Sim, os Beatles são geniais.
Mas nem sempre a genialidade nos traz o feeling, a paixão, a dança, o sexo, as dores do amor mais impossível e plausível ao mesmo tempo...

Facilmente posso dizer que todos os dias a gente acorda um disco deles.
Hoje eu acordei 'Sticky fingers'.

E, como diria uma frase da clássica música,
'nem cavalos selvagens me arrastariam para longe'.

Quando num estado apático, é o que mais quero: força.
Força. É preciso força: até mesmo para querer.
Para desejar, para sonhar, para querer mudar, para atingir.
Para ser, para estar, para ficar, para viver e para todos os outros verbos de ligação...




Side one:
1. "Brown Sugar"
2. "Sway"
3. "Wild Horses"
4. "Can't You Hear Me Knocking"
5. "You Gotta Move"

Side two
1. "Bitch"
2. "I Got the Blues"
3. "Sister Morphine"
4. "Dead Flowers"
5. "Moonlight Mile"