Minhas percepções e distorções sobre o mundo estão em constante movimento e jamais desconexas dos meus sentimentos; e isto precisa ser dito.
Incontáveis vezes eu desejei e desejo juntar aqueles muitos pedaços nos quais me espalhei (amigos é a palavra mais próxima que pude achar no dicionário para explicar os 'pedaços') para que eu pudesse viver mais, amar mais, conhecer mais e sentir mais.
Ninguém pode caber num só corpo; precisamos nos dar e nos receber de e por outros; e isto faz pleno sentido para mim ... um ser tão repartido em múltiplos pedaços.
Diariamente penso num modo prático de reunificar estas grandes partículas num só lugar e lá viver com todos uma vida plena, sincera e de mutualismos constantes.
Talvez isso nada mais seja do que uma fuga de olhares vazios e ocos, de pessoas de mentirinha, de pessoas que se protegem em redomas de vidros, de pessoas que sequer acham graça em roubar um sorriso ou um beijo de outrém e de gente que tem medo de gente.
Que sorte a minha: muitas dessas metades que me pertencem (de um jeito completamente livre) também possuem esse mesmo desejo irmão de estarmos juntos, de vivermos juntos, de realizar com alguns poucos escrúpulos a incrível fantasia da realidade diária.
Como construir o projeto de uma ilha?
Ou melhor, de uma casa no campo?
Aquele lugar sagrado que você entende e que não se perde nem em tempo e nem em espaço.
Será possível provar que a física está errada mostrando que vários corpos ocupam sim um mesmo lugar e que o infinito também existe (ao menos quando mensuramos sentimentos)?
Sócios de visões de mundo, de distância do pré-frabricado, de uma significante não-proximidade do desassossêgo; comparsas de idealizações, utopias, lembranças de ontem e do por vir: EU OS AMO.
Vai ser bom quando estivermos velhinhos e olharmos ao redor: amigos, livros e discos.
Um mundo particular dividido constantemente com gente especial; é bom sonhar junto, é bom os ter sempre por perto.
Vocês são integrantes essenciais do meu projeto de confiança no ser.
Obrigada!
♪ ♪ Eu quero uma casa no campo onde eu possa compor muitos rocks rurais,
E tenha somente a certeza dos amigos do peito e nada mais.
Eu quero uma casa no campo onde eu possa ficar no tamanho da paz,
E tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais.
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim,
Eu quero o silêncio das línguas cansadas,
Eu quero a esperança de óculos,
Meu filho de cuca legal.
Eu quero plantar e colher com a mão a pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais ...
("Casa no Campo", Zé Rodrix e Tavito)
... e isso já é bastante coisa,
isso já é tudo.
Incontáveis vezes eu desejei e desejo juntar aqueles muitos pedaços nos quais me espalhei (amigos é a palavra mais próxima que pude achar no dicionário para explicar os 'pedaços') para que eu pudesse viver mais, amar mais, conhecer mais e sentir mais.
Ninguém pode caber num só corpo; precisamos nos dar e nos receber de e por outros; e isto faz pleno sentido para mim ... um ser tão repartido em múltiplos pedaços.
Diariamente penso num modo prático de reunificar estas grandes partículas num só lugar e lá viver com todos uma vida plena, sincera e de mutualismos constantes.
Talvez isso nada mais seja do que uma fuga de olhares vazios e ocos, de pessoas de mentirinha, de pessoas que se protegem em redomas de vidros, de pessoas que sequer acham graça em roubar um sorriso ou um beijo de outrém e de gente que tem medo de gente.
Que sorte a minha: muitas dessas metades que me pertencem (de um jeito completamente livre) também possuem esse mesmo desejo irmão de estarmos juntos, de vivermos juntos, de realizar com alguns poucos escrúpulos a incrível fantasia da realidade diária.
Como construir o projeto de uma ilha?
Ou melhor, de uma casa no campo?
Aquele lugar sagrado que você entende e que não se perde nem em tempo e nem em espaço.
Será possível provar que a física está errada mostrando que vários corpos ocupam sim um mesmo lugar e que o infinito também existe (ao menos quando mensuramos sentimentos)?
Sócios de visões de mundo, de distância do pré-frabricado, de uma significante não-proximidade do desassossêgo; comparsas de idealizações, utopias, lembranças de ontem e do por vir: EU OS AMO.
Vai ser bom quando estivermos velhinhos e olharmos ao redor: amigos, livros e discos.
Um mundo particular dividido constantemente com gente especial; é bom sonhar junto, é bom os ter sempre por perto.
Vocês são integrantes essenciais do meu projeto de confiança no ser.
Obrigada!
♪ ♪ Eu quero uma casa no campo onde eu possa compor muitos rocks rurais,
E tenha somente a certeza dos amigos do peito e nada mais.
Eu quero uma casa no campo onde eu possa ficar no tamanho da paz,
E tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais.
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim,
Eu quero o silêncio das línguas cansadas,
Eu quero a esperança de óculos,
Meu filho de cuca legal.
Eu quero plantar e colher com a mão a pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais ...
("Casa no Campo", Zé Rodrix e Tavito)
... e isso já é bastante coisa,
isso já é tudo.
2 comentários:
Utopia é sempre um assunto interessante...
queria um mundo igualzinho a esse, pricipalmente com mta musica e bichinhos! vou pra sua ilha tá? amo-te!!!
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