segunda-feira, 28 de abril de 2008

Cada dia mais longe. Ainda que perto.


Eu estou indo embora,
e você não está vindo me buscar.
Isto é simplesmente aterrorizante.

Estou quase longe,
e no entanto ainda tão perto,
tão dentro de você,
e do que um dia
fomos
nós.

Você não vem mesmo?
E agora?

Tenho que seguir ...
e eu não sei aonde ir;
pior!, não sei sequer se quero
ou se devo.

Onde estão minhas novas direções a escolher?
E os horizontes?
Possibilidades?

Apavorada! Eu estou apavorada ...
Cadê você? Você não vai mais me seguir?
Já está passando do tempo de você me segurar,
e me pedir pra ficar,
porque você
sem mim
não há.

Como suportar a ausência dos teus apelos?
Como conviver com a falta dos teus arrependimentos?
Você sempre mudava de idéia ...,
não aguento mais esperar.

Eu estou indo.
Não por vontade,
mas por que
talvez preciso
seja.

Eu continuo a ir,
e nem sei
se quero
{ficar}.

Venha me buscar,
mesmo que eu não
saiba se quero
{voltar}.

... eu estou indo.
Você não vem {?}
mesmo.

Estou quase chegando,
e nem sei aonde.
A minha mão ainda espera
ser fisgada pela sua.

Então vem,
daí eu não
vou.

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