sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pale blue eyes.



Sometimes I feel so happy,
Sometimes I feel so sad.
Sometimes I feel so happy,
But mostly you just make me mad.
Baby, you just make me mad.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.

Thought of you as my mountain top,
Thought of you as my peak.
Thought of you as everything,
I've had but couldn't keep.
I've had but couldn't keep.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.

If I could make the world as pure and strange as what I see,
I'd put you in the mirror,
I put in front of me.
I put in front of me.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.

Skip a life completely.
Stuff it in a cup.
She said, Money is like us in time,
It lies, but can't stand up.
Down for you is up."
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.

It was good what we did yesterday.
And I'd do it once again.
The fact that you are married,
Only proves, you're my best friend.
But it's truly, truly a sin.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.

(Velvet Underground, 'Pale blue eyes')






Happy Bunny.


Sarcamo é apenas mais um de nossos serviços gratuitos.
Tem como não amar o Happy Bunny?
Enjoy!






























quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Papillon.



We two alone will sing like birds i' the cage.
... So we'll live, and pray, and sing, and tell old tales, and laugh at gilded butterflies.
(Shakspeare, 'King Lear', Act V, Scene 3)



Et ni nous avons besoin d'être dans la Côte d'Azur.
Nous avons besoin seulement de papillons...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

You can be Henry Miller and I'll be Anais Nin...

Marcela não sabia explicar exatamente as razões pelas quais sempre gostara daquela moça-pequena-e-loirinha.
(Na verdade, jamais tentara).

Indagara-se se era porque quando escutava o 'Pieces of you' inteiro, tinha a nítida sensação que estava deitada na grama verde sob um sol amarelo e quentinho
(mas o que acalma, e não o que sufoca).

Ou ainda se era porque parecia que estava a brincar na chuva com a água beeeem gelada escorrendo-lhe a pele e mantendo o coração no lugar.
Aí, Marcela chegava em casa com aquela cara travessa e pensava:
-ai, amanhã vou acordar resfriada.
(E se declarava satisfeita pelo que viveu).

Mas, poderia ser também por sentir que a voz da mocinha-tão-adulta-e-tão-incompleta soava sempre suave ao cantar canções de ninar ingênuas, embora com tantos sentimentos e muitas dores-cores que cabe a cada um de nós.

Havia ainda a possibilidade de ser porque Marcela acreditava que a menina-franzina-forte tinha cheiro de pêssego e cara de manga-rosa.
Ou, seria porque ela lhe parecia um cenário de noite escura e cheia de trovões, seguido de manhãs de sol e chás?

Realmente, Marcela não saberia explicar.
Mas estava tudo bem para ela ser assim.


sábado, 24 de janeiro de 2009

Auê.



Desculpe a delicadeza.



quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

É a sensatez que aumenta os absurdos?



Nuvens me cruzam de arribação.
Tenho uma dor de concha extraviada.
Uma dor de pedaços que não voltam.
Eu sou muitas pessoas destroçadas.
(Manoel de Barros)


Imagem: Bruno Leonardo (http://www.flickr.com/photos/brunoleonardo)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pequeninas coisas.

Littlest Things...



He wasn't there when I needed him. No, he was never around... His reputation was preceding him, and he was out on the town. It didn't matter if he let me down, I didn't care about the lies, now all I knew was that he loved me very much. He was my hero in disguise. I'm so pleased I never gave up on him, oh well, you wouldn't believe some of the things that he did... And everyone said you have to give him some time. (...) You might have thought you didn't teach me much, but you taught me right from wrong. And it was when you didn't keep in touch, well, it taught me to be strong. And just in case you ever thought I would, I wouldn't change you for the world, because I know you'll always love me very much! I'll always be you're little girl...
(ALLEN, Lily).

- De uma: http://www.lilyallenmusic.com/lily/lyrics/1580824/
- Da outra: http://www.lilyallenmusic.com/lily/lyrics/1752084/

domingo, 18 de janeiro de 2009

Domingo.

Não sabemos de nada, sabemos do que se diz.

Veja a sua responsabilidade; viver não é licença de ninguém - é direito natural; somos da Viçosa, amamos a vida, amamos a liberdade, amamos os filhos, amamos o trabalho.

Se isso aqui não é mais possível, vá - vá, que aqui o que domina é a fábula do leão e do cordeiro; o resto é crime, simplesmente.

Hoje fiquei com medo de sua vida humilde e boa; a minha é muito cara, a minha terá que valer toda a inconseqüência da afoiteza.

(Teotônio Vilela, trecho da crônica 'Pãozinho, "Turista"').


Imagem: Miró.

Das coisas fugídias...


Abel estava frustrado.
Era o sonho que não realizava, os quereres que não saciavam, o dinheiro que nunca vinha, as ruas cada vez mais claustrofóbicas e a chegada da idade que lhe ceifava os desejos (permitidos apenas aos jovens de natureza romântica e rebelde). Inseguranças sobre si mesmo eram projetadas em mil picuinhas, as quais ele passava suas horas a desesperar e comiserar em auto piedade.

Para externar - ou ainda, extenuar e estender - todas as ansiedades, doava-se aos excessos (achando, burramente, que a vida não lhe cobraria de volta): mulheres, drogas, falsas sensações, medo do que lhe era real, irresponsabilidade, idolatrias momentâneas, fumaças, egoísmos, lapsos de memória em série, indecisões, inferninhos, incertezas...

Procurava conquistar e manter sob controle tudo aquilo que dependesse apenas de si, já que a natureza tinha sido tão injusta em descumprir sua parte no acordo ao lhe negar o estrelato.
Justo ele, que tanto havia deixado para trás...

Ele fazia uma troca consigo mesmo: já que não tinha materializado o maior de todos os afãs, iria compensar(-se) com outras coisas que sanassem a tormenta no pouco juízo que lhe restara.

Como num ato compulsivo, tal qual comer para vomitar; gastar e não poder pagar; fumar e adoecer; ser machucado pelo mundo e ferroar uma pessoa, Abel precisava de uma descarga, de um escape humano e do amor que lhe fora ofertado tão incondicionalmente por uma menina de tempos atrás. Ela veio trazida de outras lembranças e outros mundos. Parecia feita apenas para ninar Abel e protegê-lo da orbe ingrata que o cercava.

Assustador era ver como tão doce homem e de olhos belos (ainda que pueris) havia sido tomado por uma arrogância e uma capacidade de mentir para funcionar.
O menino, o menino dela, tinha se perdido... Ido embora.

Rumou-se para outros mundos -não aquelas dimensões que ela conhecia-, mas os ocultos lados-de-lá em que jamais poderia entrar: por ali, a porta estava sempre trancada e não importava o quanto batesse ou chorasse, o mostro não a deixaria passar.

Foi ruim assistir em ângulos e cenas de um só plano seqüência, (o outrora sedutor) Abel transformar-se na vaidade.
Uma enorme dificuldade tomava conta dela e, trêmula, tinha de ver tudo o que idealizou se perder e diluir a pura essência.
Essência esta que tanto perfumou seus dias ao longo dos anos.
A mesmíssima essência que pressupunha a existência.

Um dia foram andar sob o céu estrelado,
no outro dançaram com o vento,
anos antes tinham beijado na chuva,
por vezes brincaram como crianças entre lençóis,
uma linguagem tatibitate na tarde ensolarada,
tantos colos e tantas cores na areia,
a grama verde também sempre fora lar,
e os planos eram infindos.

Abel, Abel...
Enquanto mirava tua essência sendo dissipada e aniquilada,
velava também por (meus) tantos sonhos que (eu) julgara tão reais.

É triste confirmar o que o mundo fez de você, de mim, e das fantásticas pessoas que tivemos a possibilidade de ser.

Nesse emaranhado confuso e descabido, ainda sinto um enorme luto pela pessoa que vi morrer e vender a própria alma por coisas que valem nada.

E depois de tudo isso, eu, a sua Esther,
jamais consegui ler em paz 'Para uma menina com uma flor',
de meu primeiro amor, Poetinha de Moraes.

(Das coisas fugídias, 20mg.)
P.S.: Vide a bula - 20mg de essência.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fluoxetine-2D-skeletal.png

sábado, 17 de janeiro de 2009

Heterônimo.

Será que acho também outros como eu?
Eu sem par, eu pecadora, eu infame, eu apática, eu sem virtude, eu parasita e suja que me encontro ridiculamente calada...

Poema em Linha Recta:



✩Poema de Fernando Pessoa (sob heterônimo de Álvaro de Campos) com narração de Paulo Autran.

Decirle a uno cuatro verdades...


Solamente esto.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Perdoa essa canção improvisada...

Nesses dias tão estranhos,
é assim que me aconteço.

Nas noites que me sufocam,
é com ele que adormeço.